Esta é uma história de um capítulo só, que poucos conhecem
mas muito desejam saber.
Nara é uma jovem garota que carrega uma bagagem de
ingenuidade ímpar, acreditar nas pessoas é com ela mesma, falar sobre sua vida
aos quatro ventos, revelar seus anseios ..ah ela faz isso como ninguém.
Na estrada da vida em dado momento ela conheceu o Jairo que
logo muito receptivo fechou com essa amizade , sem nenhum interesse da parte de Nara a mesma
confidenciava fatos, alegrias, tristezas e o mais feroz ..sua paixão pelo
Billy. Billy era o garoto que estudava com ela na faculdade, e sim, ela babava
por ele. O Jairo sempre estava lá disposto pra escutar as angústias juvenis da garota.
A amizade aumentava e as confidências também. Ela buscava na
experiência do Jairo uma visão melhor de como agir com o Billy, por ser casado
o Jairo aparentava saber desses assuntos apesar de ser mais novo que ela.
Certo dia conheceu sua esposa a Leila , conversaram um
pouco. Achou ela muito agradável, e como ingênua que era confidenciou coisas do
bem para um coração que só enxergou o mal.
As redes sociais aproximam as pessoas mas também enfeitiçam
as que se deixam cair.
Certa noite depois de ter conversado com o Gilbert, Flávio e
por coincidência o Jairo, escreveu uma frase sobre amizade que caiu como teor
romântico e letal para a Leila.
A gente sabe que na vida cada um só dar o que tem, mas a
Nara acabou pagando uma prenda por essa situação.
Desconhecendo do que acontecia ao seu redor viu ser melhor
amigo confidente mudar. E digo foi da noite pro dia, da água pro vinho. Aquele
cara feliz começou a murchar, triste, corcunda.
Chamou a Nara para conversar e disse que a esposa morrerá de
ciumés dela e que por este motivo estava saindo de cena, excluindo conta no
facebook, apagando os telefones, para não dar margens...dar margens? A que meu
Deus? – perguntara Nara- que via o amigo se distanciar cada dia após dia...
Ele solicitou que a mesma assim fizesse, apagasse os
telefones etc.. como eram da mesma empresa ele iria manter a comunicação profissional
e apenas só , assim disse ele.
Mas ela disse que não ia apagar nada, nem telefones, nem
e-mails, nem facebook, afinal não era culpada, se esse assim fosse o termo,
tinha a consciência limpa, nunca havia dado liberdade ou libertinagem a alguém,
mas estava sendo julgada sem direito de resposta ou pior , por consideração ao
amigo não falou com a Leila para esclarecer o mal entendido por insistente
pedidos dele. Nara respeitou mais não prometeu silêncio e disse que mais dia ou
menos dia a Leila ia ter sua resposta, sua vez.
O tempo passou e o Jairo cada dia mais pra baixo, de vez em
quando ainda confidenciava alguma coisa e ele ficava com aquela situação de não
poder ser mais seu amigo, de não ter liberdade, se frustou a ponto de não
conseguir estudar largando a faculdade e
saturou no emprego.
A Nara apenas pedia a Deus que aquela alma fosse vista, pois
havia muita infelicidade ali. Enquanto isso Billy começava a responder a Nara e
a mesma cada dia mais feliz, risonha, esperançosa. Tudo ia bem, no emprego, na
faculdade na vida.
Alguns amigos as vezes falava para Nara sobre o Jairo e sua
vida, mas o mesmo tinha feito suas escolhas e ela não era uma delas, ele jogara
a amizade fora e era visível entender o arrependimento no olhar dele.
O ano passou, outro ano chegou Nara e Billy estavam cada vez
mais amigos, ele se tornaria eternamente vivo em sua lembrança, pois a mesma
era muito apaixonada por ele. Nara mudou as atitudes até que Billy cedeu a seus
encantos, não durou muito para que Nara percebesse que a paixão havia virado
amor. Ela sempre amaria o Billy, mesmo quando ele teve de partir. E vieram
outros Billys, que a amaram muito mais e melhor do que o Billy matriz.
Mas a infelicidade é uma coisa que também pode contagiar e
contaminar o próximo e outro dia a Nara se viu com seu novo celular sendo a
mais nova na acessibilidade ao Whatssap, coisinha chata mais que vicia dizia
ela..
Quando seu amigo Gilbert a adicionou em um grupo, por
coincidência o Jairo estava lá, ela não sabia pois no seu novo celular não
tinha o contato do mesmo e assim sendo não identificava quem estava ali naquele
bate papo, resumindo ela ainda não sabia mexer.
Foi quando por surpresa integrantes do grupo questionaram a
Nara que era muito querida por todos se a mesma havia notado a saída do grupo,
como assim fora excluída? Mais minha gente ela mal entrara, e ficou-se sabendo
que foi o Jairo.
Não deu bola, mas as pessoas não gostaram, afinal ele não
era dono do grupo, mas a Leila possivelmente espiava seu celular e isso seria um
problema muito sério.
O que chateou a Nara foi a falta de caráter do amigo,
qualquer um naquela situação já teria dado um basta naquela dominação, mas o
Jairo era um dominado sem argumentos. Naquele momento a Nara viu que as pessoas
não mudam se revelam. Pois mesmo quando expôs nunca ser nada além de amiga , de nunca ter
tido interesse sexual nele, e muito menos em qualquer outra pessoa do trabalho
, mesmo assim o Jairo ficou imparcial. Talvez ele até gostasse desse jogo de
ciúmes da Leila,isso era seu alimento. Sem este tipo de madoquismo mental ele
não era ninguém. Eles não tinham contato mas a Leila ainda mencionava o ciúme.
Muitos , e repito muitos amigos alertaram a Nara sobre a
índole dele, mas o mesmo ia de visita na empresa e tinha atitudes carinhosas e
de amizade, corria-se o boato que ele era duas caras.
Nara não acreditava.
Nara orou por eles.
Nara nunca chegou a excluir os telefones, nem e-mails, nem
bloquear ninguém. Nara tinha a consciência tranquila e melhor seus princípios
eram elogiados pelos que a conheciam. Nunca precisará tomar marido de ninguém,
nem prejudicar alguém para atingir suas metas. Leila estava lá em sua conta no
face, mas Nara não a acompanhava. Aliás
Nara nunca acompanhava ninguém, ao contrário havia sempre um novo integrante
seguindo ela.
Os dias passaram e NARA resolveu escrever um desabafo para
ver se os ventos sopravam em sua intenção, mesmo de férias e distante de tudo e
todos ainda sim haviam pessoas que se perturbavam em não ter noticias suas.
Nara pensou bastante , mas tinha o direito da palavra, a
palavra dessa vez era dela.
Na verdade Nara estava levantando a bandeira da paz, dentro
de um território ofensivo.
Nara escrevendo começou: .. Olá Leila, ... e parou de
escrever.
Ela parou e ficou pensando na atitude infantil do Jairo e da Leila, e
resolveu não fazer nada para reverter essa infantilidade, não que ela não
quisesse retomar a amizade, mas talvez sua atitude por mais do bem que seja
ainda sim seria vista negativamente e passível de suposições , ou até mais
ciumés.
A Nara resolveu apenas desabafar
no BLOG, sua história e de mais alguns personagens que fizeram parte dela. Se
esta história vai chegar a Leila, ao Jairo ou percorrer o mundo não se sabe. É
apenas um capítulo da história da Nara, ela tentou, fez sua parte, e como a
mesma diz : essa história é de uma capítulo só.
Texto produzido por Natália Alves
Todos os nomes da histórias são fictícios para preservar a identidade dos mesmos, já que a história é baseada em fatos reais.