terça-feira, 12 de março de 2013

No me compares

Não Me Compare

Agora que gemem mais pálidas nossas memórias,
Que a neve no televisor
Agora que chove nas sala e se apagam
as velas do barco que me iluminou
Agora que canta o tempo chorando seus versos
E o mundo enfim despertou
Agora perdido em um silêncio feroz que quer desatar esses nós
Agora enxergamos direito e podemos nos ver por de trás do rancor
Agora te digo de onde venho e dos caminhos que a paixão tomou
Agora o destino é ermo e nos encontramos neste furacão
Agora eu te digo de onde venho e do que é feito o meu coração...

Venho do ar
Que lhe secava a pele, meu amor
Eu sou a rua, onde você o encontrou
Não me compare, desci à terra em uma pluma por você
Imperdoável, que eu não me pareça com ele
Nem com ele, nem com ninguém

Agora que saltam os gatos
Buscando as sobras, você mia a triste canção
Agora que você ficou sem palavras
Compara, compara, com tanta paixão

Agora podemos nos ver
Sem medo no reflexo no retrovisor
Agora lhe mostro donde venho
E as feridas que me deixou o amor
Agora não quero espalhafato
Apenas um bate-papo tranquilo entre
Se você quiser, conto-lhe por que quero você
E, se quiser, conto por que não

Você não sabe por onde andei depois de tudo amor
Eu sou a chave, da porta onde encontraste alguém
Não (Não) me compare
Não busque nela o olhar que dei a ti
Imperdoável que eu não seja igual a ela
Então não fale, que alguém te toca como eu toquei
Que se acabe e que você vá embora sem saber
E para sempre, ninguém te toca como eu toquei
Que se acabe... eu sou tua alma, você é meu ar!

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